Sobre Faustino Assunção Teixeira
Em 1985 foi comemorado em Bom Despacho o centenário de nosso avô paterno, Faustino Assunção Teixeira
Em documento da Prefeitura Municipal de Bom Despacho, em 1985, se diz:
“Estamos prestando uma homenagem ao homem que encarnou com maior densidade a figura do político bom-despachense: leal, combativo, corajoso, generoso, humanitário, desprendido, realizador e sonhador (...). Faustino Assunção Teixeira é mais do que um exemplo. É um modelo de cidadão bom-despachense. Que viva sua memória e os nossos ideais” (Célio Luquine e Equipe)
Ele nasceu em Bom Despacho, em 12 de fevereiro de 1885 e faleceu em Juiz de Fora, no dia 07 de janeiro de 1943.
Dados de sua atuação pública:
. Ingressou cedo na política
. Foi secretário da Primeira Câmara Municipal, empossada em junho de 1912
. Foi prefeito da cidade de Bom Despacho a partir de 1922
Segundo Maria Zuleika Teixeira Bezerra, em artigo de 1985, Faustino, como prefeito, deu “uma grande lição de desprendimento dos próprios interesses, cuidando com inexcedível zelo” das causas em que se manteve ligado. Em sua visão, Faustino foi um “político brilhante, honesto e empreendedor”, mas acima de tudo, “um homem bom”.
. Entre os traços de seu legado: o alargamento das ruas da cidade, o estabelecimento de uma nova captação de água; organizou e aprovou os estatutos da Companhia Força e Luz; um carinho especial com a instrução primária da população, com a instalação de diversas escolas rurais; a ampliação dos limites territoriais da cidade, com a aquisição de uma larga faixa de terras; melhoria no sistema de comunicação rodoviária, com as benfeitorias realizadas nas estradas que ligavam a sede do município à Moema e à Usina de Força e Luz; organizou o Clube Bom Despacho; instalação da Vila Operária, bem como as oficinas e escritório central da Estrada de Ferro Paracatu; criação de duas colônias agrícolas.
. Ele foi o segundo presidente do Conselho Particular da Sociedade São Vicente de Paulo. Era um católico convicto.
. Ajudou no reerguimento da Santa Casa de Misericórdia, que estava fadada à ruina.
. Segundo o relato de Maria Zuleika, quando Faustino entrou na política, “tinha casa, farmácia, pastagens, gado, algum dinheiro e independência comercial”
Em carta de Alexandra Pereira Franco, de 15 anos, ela revelou que no nicho de Faustino “radiava a honra de ser honesto e jamais guardar ódios ou mágoas”. Lembrou ainda que ele mantinha sempre aberta a sua farmácia aos que não tinham recursos, e tomava sempre a defesa dos pobres.
. Faustino recebeu como homenagem da cidade um relógio Patek Philippe: em 06 de abril de 1924. Uma joia única. Tinha sido antes presenteado com um automóvel, que vendeu para pagar dívidas.
. O relógio ficou um tempo em posse de Faustino A. Teixeira. Em 04 de abril de 1944, sua esposa, Maria de Carvalho Teixeira, dedicou ao filho Rossini, “pelo muito que tem feito pelos seus”, o cuidado com o relógio. Essa guarda passou em seguida para o irmão Mozart Teixeira. Depois de estar aos cuidados de José Geraldo Teixeira, passou agora a ficar sob a guarda de Faustino L.C. Teixeira, que é, no momento, o Faustino mais novo da família.
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