sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Canto de Dor e Beleza: a arte de Sinéad O´Connor

 Canto de dor e beleza: a arte de Sínead O´Connor

 

Faustino Teixeira

UFJF/IHU/Paz e Bem

 

 

Nós que trabalhamos com mística, somos, às vezes tomados por experiências que nos tiram do eixo. É o que ocorreu comigo após a morte, antes do tempo, dessa maravilhosa compositora e cantora irlandesa, Sinéad O´Connor, que fez sua travessia no dia 26 de julho de 2023, pouco mais de um ano após o triste episódio da morte de seu filho, Shane Lully, em janeiro de 2022, aos 17 anos. 

 

Era uma cantora que já estava no meu radar há tempos. Eu a acompanhava de longe, mas sem tanta intensidade. Após sua passagem, fui envolvido por emoções impressionantes, que me levaram a aprofundar a sua vida e sua arte. O resultado foi um encantamento do qual não consegui me desvencilhar.

 

Comecei a dedicar-me ao seu estudo, a ouvir os seus discos, a seguir o que havia na internet sobre ela, a ver os vídeos a respeito. Tudo só fez crescer minha grande admiração por sua criação, ousadia, profetismo e delicadeza. Pude agora entender as razões profundas que molduraram sua vida fazendo-a uma artista tão singular e controvertida. 

 

Dentre as cantoras que já ouvi, digo a vocês que Sinéad é a das que mais me impressionaram, pela sua potência de voz, conjugada com uma delicadeza que é exemplar. A porta de entrada que provocou este choque pessoal, foi rever o vídeo com a música que a fez conhecida universalmente: “Nothing Compares 2 U”, de autoria de Prince. Foi o grande auge de sua presença no palco, revelando também toda a sua beleza.

 

Digo que não é só de beleza física que falo, e ela é mesmo linda, mas de uma beleza envolvente que provém de seu mundo interior machucado. No seu canto ela combina, como ninguém, a alternância entre agudos impressionantes com sussurros inacreditáveis[1], criando uma harmonia que encanta. Recorre a uma técnica de inversão no uso do microfone: ela sempre se afasta dele quanto canta mais baixo, e dele se aproxima quando eleva sua voz. Ao contrário do que normalmente vemos.

 

Os temas de suas composições envolvem sempre amor, dores, religião e culpa. Sabemos por sua biografia, que ela foi habitada por uma sensibilidade frágil, de alguém vulnerável, que sofreu abusos violentos na infância e que traz a marca dessa dor em seu canto. Chegou a revelar em certa ocasião que era portadora de bipolaridade[2]. Sua tradicional rebeldia manifestava-se também concretamente por suas atitudes: manter a cabeça raspada e usar roupas bem diversas do usual. Não suportava as pressões para adaptar-se ao estilo convencional e às exigências para uma postura propiciadora do sucesso.  Foi alguém que não deixou de gritar sua dor com o recurso de seu precioso canto e sua originalidade. 

 

Numa entrevista, ela disse que “cantar é um pouco como atuar”. Aquele que se expressa no canto acaba confundindo-se com a canção, deixando-se habitar por ela[3]. No caso de Sinéad, o canto lida com emoções difíceis e pesadas. Sua religiosidade, que é bem diversa da tradicional, tem algo que lembra a dinâmica mística sufi,  para além das superfícies dogmáticas[4], embora guarde também ambiguidades e enigmas. Ela dizia que desde jovem sempre foi muito tocada pelo tema da religião, em seu sentido mais amplo. O grande Mistério para ela era o Espírito Santo, que estava sempre no seu horizonte espiritual[5].

 

A cantora e compositora irlandesa, que nasceu em dezembro de 1966,  teve uma infância bem difícil[6]. O seu pai, Sean O´Connor foi engenheiro, formando-se também em advocacia. Sua mãe, Marie O´Connor, tinha personalidade forte. Eles tiveram cinco filhos, sendo Sinéad a terceira. Os outros eram Joseph O´Connor, que se tornou escritor, além de Eimear, John e Eoin. 

Na dura infância, Sinéad passou por reveses que delinearam sua personalidade, irradiando-se por toda a sua vida. Sua família era católica. Na adolescência difícil, estudou num colégio de freiras, que detestava. Não suportava viver ali um minuto sequer. Depois passou também por um repressivo internato, que lidava com a recuperação de delinquentes juvenis, isso em razão de uma experiência de furto em que esteve envolvida. Sofreu ainda abusos na infância que a marcaram para sempre. Em tempos mais recentes tentou o suicídio após o fracasso de seu último casamento[7].

Sinéad casou-se quatro vezes. A experiência mais duradoura foi com o produtor musical e baterista, John Reynolds, com quem se uniu em 1987, permanecendo com ele até 1991. Os dois tiveram um um filho, Jack Reynolds, nascido em 1987[8].   Casou-se depois com o jornalista Nicholas Sommerlam, com quem ficou entre 2001 e 2004. Em seguida com  Esteve Cooney, em 2010, num casamento que durou apenas oito meses. Ele era músico e produtor, dedicado às canções tradicionais irlandesas (Irish Music). Por fim, com  o psiquiatra e terapeuta Barry Herridge, com quem ficou casada apenas 16 dias, em 2011[9]. Anteriormente, no ano de 2000, aos 33 anos de idade, revelara a uma revista americana, Curve, que era lésbica[10]. A revelação coincidiu com o lançamento de seu álbum Faith and Courage.

A cantora irlandesa teve quatro filhos, e apenas um do primeiro casamento, que foi Jack. Os demais filhos nasceram de outras relações: Roisin (da união com o jornalista irlandês John Waters – nascida em março de 1996), Yeshua ( nascido em 2006, da união com o empresário americano, Frank Bonadio). De sua relação com o músico e produtor irlandês, Donal Lunny, nasceu Shane, em 2004, que aos 17 anos, em janeiro de 2022, colocou um ponto final em sua vida com suicídio, em meio a um processo de tratamento de depressão[11]. Foi um golpe fatal na vida de Sinéad O´Connor. Após o ocorrido, numa sequência de postagens, a cantora compartilhou nas redes sociais uma música de Bob Marley, que dedicou a filho, a quem nomeava como o “bebê de olhos azuis” e a “luz da minha vida”. Tomada por uma dor ininterrupta, a cantora faleceu 16 meses depois da morte do filho, em 26 de julho de 2023, aos 56 anos. 

Sinéad O´Connor teve uma passagem “turbulenta” pelo campo religioso. Desde muito cedo manifestou sensibilidade para o tema, com um traço espiritual que a acompanhou durante toda a sua vida. Foi muito crítica à Igreja Católica, em razão da complacência da Igreja com os abusos sexuais cometidos pelo clero com as crianças e jovens na Irlanda. Ela mesma reconheceu ter sofrido tais abusos. Mais tarde, com uma atitude que causou perplexidade em muitos, foi ordenada sacerdotisa pelo líder da Igreja Tridentina Latina, o bispo excomungado Michael Cox. Posteriormente, em outubro de 2018, anunciou sua conversão ao Islã, adotando o nome de Shuhada´Davitt. Na vida artística, porém, manteve seu nome de nascimento. 

Ao longo de sua carreira, Sinéad O´Connor gravou dez discos em estúdio: Lion  and the Cobra (1987), que foi dedicado à sua mãe; I Do Not Want What I Haven´t Got (1990); Am I Not Your Girl? (1992); Universal Mother (1994); Faith and Courage (2000); Sean-Nós Nua (2002); Throw Down Your Arms (2005); Theology (2007); How About I Be Me (And You Be You?)  (2012); I´m Not Bossy, I´m The Boss (2014)[12]. Além desses álbuns, houve compilações, como as de 1997, 2003 e 2005[13]. A cantora irlandesa estava trabalhando num novo álbum de inéditas, bem como preparando-se para uma turnê que incluiria a Oceania, a Europa e os Estados Unidos. A ideia era lançar o trabalho dez anos depois de seu último álbum, que foi em 2014. A morte interrompeu seus planos.[14].CNUAR LENO

 

Ao dedicar-me a ouvir com cuidado suas canções minha reação é de grande emoção e atenção silenciosa. São maravilhosos os seus dois primeiros trabalhos: Lion and the Cobra (1987) e I Do Not Want What i Haven´t Got (1990). O primeiro alcançou um grande sucesso em âmbito internacional, mas foi com o segundo álbum, de 1990, que a irradiação aconteceu de forma extraordinária, tendo a gravadora vendido mais de sete milhões de cópias em todo o mundo. No álbum estava presente a canção de Prince que consagrou a cantora: Nothing Compares 2 U, que foi considerada a número um do mundo em 1990 pelo Bilboard Music Awards. O vídeo com a canção rodou o mundo, com o foco concentrado no lindo rosto da cantora irlandesa[15].

 

O título do primeiro trabalho relaciona-se com uma passagem do Salmo 91: “Poderás caminhar  sobre o leão e a víbora, pisarás o leãozinho e o dragão” (Sl 91, 13). Ali já percebemos a singularidade de uma intérprete peculiar, que harmoniza melancolia e revolta. 

 

A força expressiva da cantora, e seu grito de protesto percorrem as letras desse primeiro trabalho, como na canção Mandinka

 

“Não conheço nenhuma vergonha, não sinto nenhuma dor
Não consigo
Não conheço nenhuma vergonha, não sinto nenhuma dor
Não consigo ver a chama
Mas conheço os mandinka”[16].

 

E também em outra canção, Just Like U Said It Would b

 

            “Vou andar no jardim

                  E sentir a religião interna

                  Eu vou aprender a correr com os meninos grandes

                  Eu vou aprender a mergulhar e nadar”.

 

Estamos diante do grito de alguém que aspira por uma atmosfera diversa, como na letra de Troy:

 

                  “Você se erguerá

Você retornará

A fênix vinda da chama

Você aprenderá

Você se erguerá

Você retornará

Por você ser o que é

Não há outra Troia

Para você queimar”.

 

O trabalho vem envolvido por dinâmica de um misticismo pontuado por fragores de new age. Percebemos  Igualmente o interesse da cantora pelos temas da música pop e das canções celtas. O passado da música tradicional irlandesa já se anuncia vivo.

 

No segundo álbum, ela alcança o auge de interpretação na canção de Prince, Nothing Compares 2 U, que ela faz vibrar pensando em sua mãe, com quem teve um relacionamento difícil na infância:

 

“Todas as flores que você plantou, mamãe, no quintal     

                  Todas morreram quando você se foi, oh oh oh

Eu sei que viver com você, baby, foi duro às vezes

Mas estou disposta a fazer outra tentativa

Nada se compara, nada se compara a você”.

 

Com sua mãe sempre presente, Sinéad relata as dificuldades de seu caminho, mas também o empenho na busca da liberdade e da felicidade, como na letra da canção I Do Not Want What I Havent Got:

 

            “Estou caminhando através do deserto

E não tenho medo, embora esteja quente

Tenho tudo o que pedi

E não quero o que não tenho

 

Aprendi isso com a minha mãe

Veja como ela me fez feliz

Pegarei esta estrada mais além

Apesar de não saber aonde ela me leva

 

Tenho água para minha jornada

Tenho pão e tenho vinho

Não terei mais fome

Pois o pão da vida é meu”.

 

O ano de 1992 foi capital na vida da cantora, quando polêmicas severas envolveram a sua vida, com repercussões no seu trabalho. Foi o ano que aconteceu uma tensão com a igreja católica, quando num popular programa de televisão americana, após cantar uma música de Bob Marley (“War”), ela rasgou uma foto do papa João Paulo II. Foi a forma que encontrou para denunciar o silêncio da igreja católica com respeito ao abuso sexual do clero contra as crianças inocentes. 

 

Movida por profunda revolta, ela sublinhou que o “verdadeiro inimigo” era outro. Manifestava com sua ira, uma reação de algo que ela mesma tinha sofrido na infância. Vale registrar, que um tempo depois, já no pontificado de Bento XVI, ocorreu a primeira autocrítica da igreja católica contra a pedofilia exercida pelo clero. Falo aqui da carta de Bento XVI aos católicos da Irlanda, de 19 de março de 2010, quando pela primeira vez na história um papa pede publicamente perdão pelos abusos sexuais praticados pro muito tempo, sem qualquer reconhecimento[17].

 

Após aquele ano crítico, de 1992, a cantora lançou outros trabalhos: “Universal Mother” (1994), seu quarto disco de estúdio, recebido de forma amena. No álbum, algumas belas canções de ninar, demonstrando um momento de felicidade. Um destaque particular para a versão de “My Darling Child”, de Kurt Cobain, que tinha tirado a vida um pouco antes do lançamento desse disco de Sinéad; e também Faith and Courage (2000), quando captamos a presença de um influxo Rastafari. Em sua vida estava ocorrendo uma passagem para um momento de maior influência da vertente experimental e religiosa.

 

Um dos mais belos álbuns de Sinéad O´Connor, a meu ver, está no seu sexto CD (Sean-Nós Nua), de 2002. Aqui encontramos um trabalho de marca bem pessoal e foco regional, onde a cantora recupera lindas canções tradicionais irlandesas, de “uma Irlanda medieval, daquelas dos filmes e dos clássicos da literatura”. Talvez seja o seu álbum mais fortemente marcado pelo influxo new age. 

 

Há canções de uma delicadeza singular, como Peggy Gordon, que traz em sua letra reverberações de uma linda visão de amor, que nos faz lembrar os poemas sufis:

 

                  “Eu queria estar em algum vale solitário

                  Onde as mulheres não pudessem ser encontradas

                  Onde os passarinhos cantassem sobre os galhos

                  E em cada momento um som diferente”.

 

Ou ainda, The Singing Bird:

 

            “Se eu pudesse atrair meu pássaro canoro

                  De seu próprio ninho aconchegante

Se eu pudesse pegar  o meu pássaro cantor

Eu o aqueceria no meu peito.

Pois não há pássaro que cante tão doce.

 

São passagens de um lirismo único, como igualmente na canção The Moorlough Shore:

 

“Onde a prímula sopra e a violeta floresce
Onde a truta e o salmão brincam
Com minha linha e anzol, senti prazer
em viver meus dias de juventude”.

 

Sublinho um momento forte do trabalho, que é o dueto que a cantora faz com Christy Moore, tradicional cantor folk. Trata-se da longa balada, de 11 minutos, intitulada “Peggy Gordon”, onde se relata a força de um amor puro que atravessa as escadas com uma energia interior que é única, e tudo para alcançar o amor:

 

“E então Lord Baker correu para sua amada

e de vinte e um degraus, ele fez apenas três

E com seus braços  envolveu a filha da Turquia

e beijou seu amor verdadeiro com maior carinho”

 

Sinéad O´Connor, no folheto interno que acompanha o CD, fala entusiasmada sobre o significado desse disco tão especial, que traz lá de trás da tradição irlandesa as palavras mais nobres do amor:

 

“Muitas das músicas deste disco são histórias de amor duradouro e incondicional, amor que não pode ser apagado por fogueiras ou enchentes. Elas são dores maravilhosamente nascidas de pessoas reais, que realmente existiram. Ensinam que a dor pode se transformar em algo positivo e belo quando é cantada, e assim a dor pode ser curada cantando, pois as canções são mágicas (...). Considero todas essas canções orações mágicas e, portanto, de maneira nenhuma tristes.”

 

Nesse sexto álbum, no qual me detive mais longamente, destaco em particular a fantástica banda que acompanhou a cantora nas gravações, com destaque para o baixista Bernard O´Neil, o guitarrista Dónal Lunny, o flautista Rob O Geibheannaigh, também com presença no piano e banjo, e da encantadora Sharon Shannon no acordeão.

 

Outros trabalhos se sucederão, como “Throw Down Yor Arms”, de 2005, um álbum de estúdio gravado na Jamaica, de forte presença reggae, com um contagiante ritmo. Na sequência, o álbum duplo Theology, de 2007. É o trabalho mais religioso da compositora irlandesa. Como destaque, a canção “We People Who Are Darker Than Blue”.

 

Em trabalho produzido pelo ex marido, John Reynolds, Sinéad volta aos estúdios para gravar o álbum How About I Be Me (And You Be You?), em 2012. Há nesse trabalho o retorno a um aroma presente nos primeiros tempos da cantora, e convoca para trabalhar nele alguns dos mesmos artistas que trabalharam naquele início. É uma busca de reconexão da cantora com o seu passado. Como disse um autor em resenha, trata-se de um álbum “quase vulnerável, de religiosidade frágil e pronta pra remexer feridas, seja abuso de remédios, problemas familiares e profissionais e os abusos sexuais que perpassam o universo da irlandesa”. 

 

O último álbum, I´m Not Bossy, I´m The Boss, é de 2014 e a cantora apresenta-se com uma nova aparência, com destaque para os cabelos. O trabalho mantém-se em linha de continuidade com o anterior, ainda sob os cuidados de John Reynolds[18], que busca realçar a presença de uma cantora mais sintonizada com aquela dos anos 1990, envolvida pelo pop e pelas guitarras. 

 

Além dos diversos álbuns aqui comentados brevemente, aconselho também o DVD Live in Dublin, de 2002, com um excepcional documentário envolvendo as gravações do sexto álbum da cantora. Há ainda um recente documentário, muito rico, sobre a trajetória da compositora e cantora, de autoria de Kathryn Ferguson, cujo título é “Nothing Compares” (2022). Ele ainda está inédito no Brasil, e seu propósito é  acompanhar detalhadamente a complexa trajetória da artista desde seus 23 anos de idade.

 

Concluindo, por toda a riqueza que acompanha essa nebulosa e enigmática trajetória de Sinéad O´Connor, independentemente das avaliações que se sucederão, creio que vale muito a pena debruçar-se sobre as melodias que acompanham os diversos álbuns e DVDs dessa cantora e compositora tão especial e singular. Será uma oportunidade única de apreciar uma das mais impressionantes vozes femininas que eu pude conhecer nas minhas audições musicais, bem como crescer espiritualmente banhado pelas cores.

 

 

 



[1]Podemos observar isso na impressionante interpretação das canções Molly Malone e Peggy Gordon, que se encontram no álbum: Sean-Nós Nua (2002).

[3]No documentário “The Song of Hearts de Site”, que está como extra no extraordinário DVD Sinead O´Connor. Goodnight, thank you you´ve been a lovely audience. Live in Dublin, 2020.

[4]No folheto que acompanha o seu CD Universal Mother (1994), dedicado aos rezadores da Irlanda, há uma bela imagem de uma mulher em gesto rodopiante como o dos dervixes sufis. 

[5]Documentário “The Song of Hearts de Site”, no DVD Live in Dublin, de 2020.

[6]Para um apanhado preciso sobre sua trajetória, aconselho o documentário de Kathryn Ferguson, “Nothing Compares”, de 2022, bem como o livro de sua auto-biografia, de 320 páginas, Sinéad O´Connor. Remembranzas: Escenas de una vida complicada, publicado em junho de 2021pela editora Libros del Kultrum.

[8]Foi quem possibilitou à Sinéad realizar seu sonho de ser avó, isso em julho de 2015.

[11]Sinéad optou por fazer um funeral hindu para o seu filho, dado o apreço que ele tinha a tal tradição.

[12]Para a minha análise foi de grande utilidade este trabalho de Renan Guerra, publicado em 08/07/2014: A discografia comentada: Todos os discos de Sinéad O´Connor: 

http://screamyell.com.br/site/2014/07/08/discografia-comentada-sinead-oconnor/(acesso em 08/09/2023).

[13]So Far... The Best of Sinéad O´Connor (1997), She Who Dwells in the Secret Place of the Most Shall Abide Under the Shadow of the Almighty (2003), Collaborations (2005), dentre outras. 

[16]Já podemos observar nessa canção, o grito em favor da recuperação da dignidade das pessoas e o desejo de liberdade, que vai ser um grande mote na vida da cantora.

 

[17]Marco Politi. Joseph Ratzinger, crisi di un papato. Roma-Bari: Laterza, 2011, p. 219-220.

[18]Que já a acompanhava desde o primeiro álbum, como um dos músicos, na bateria.