Christian Duquoc: a sinfonia sempre adiada
Faustino Teixeira
PPCIR/UFJF
Christian Duquoc (1926-2008) foi um
dos mais criativos teólogos franceses do pós-concílio[1].
Autor de importantes obras teológicas que cobrem o vasto campo da cristologia,
eclesiologia, ecumenismo e outras questões de fronteira. Como mostrou com
acerto Claude Geffré, ele aborda com vigor as “questões mais difíceis da
teologia cristã com um olhar novo, aquele do homem que habita a modernidade e a
pós-modernidade”. A criatividade de seu
fazer teológico veio pontuada pelo toque da literatura, que foi uma das
influências importantes em seu labor pessoal, juntamente com sua abertura à teologia
da libertação latino-americana e os desafios do mundo ecumênico. Além de sua
atuação como docente de teologia na Faculdade de Teologia de Lyon e na
Universidade de Genebra, exerceu por longos anos um trabalho singular junto à
revista Lumière et Vie, enquanto
diretor e inspirador durante muitos anos, tendo ali publicado inúmeros artigos.
Foi ainda co-diretor da seção de espiritualidade da revista Concilium, junto com Claude Geffré. Em
seu trabalho na Concilium estabeleceu
contato com os teólogos da libertação e em particular com Gustavo Gutiérrez.
Foi um grande defensor da liberdade crítica do teólogo em sua permanente busca
da inteligência da fé, daí o título da obra em sua homenagem, publicada pela
editora Cerf em 1995, por ocasião de seus 70 anos[2].
Ainda que o tema da teologia do
pluralismo religioso não tenha sido objeto específico de suas pesquisas, duas
de suas obras no âmbito da teologia dogmática exercem uma singular contribuição
nesse campo: Dieu différent. Essai
sur la symbolique trinitaire (Cerf, 1977) e L´unique
Christ. La symphonie différée (Cerf, 2002)[3].
Não apenas sua abertura à questão nodal da pluralidade das experiências, como
também das questões da fragmentariedade e da provisoriedade, fazem de Duquoc um
teólogo que “habita a modernidade”. Daí ser reconhecido, na ocular de Geffré,
como um teólogo existencial, cuja teologia poderia ser inserida na perspectiva
narrativa, ou ainda na linha de uma “dogmática negativa sob o signo da docta ignorantia”, de Nicolau de Cusa[4].
Um dos pilares essenciais da
reflexão teológica de Duquoc envolvendo o tema das religiões é sua defesa da
diversidade religiosa e da singularidade da diferença, ou seja, da “dispersão benéfica do divino”. Em favor do
reconhecimento positivo das religiões suscita mudanças importantes na
eclesiologia clássica e na cristologia. A modificação na eclesiologia clássica
vem num primeiro momento, após o reconhecimento de um novo estatuto aos que
buscam o Mistério fora dos circuitos da Igreja católica. A reinterpretação
cristológica vem em seguida. Ele assinala:
“A mudança de atitude com relação às outras religiões, a qual se foi
firmando pouco a pouco a partir do Concílio Vaticano II, não provém da decisão
ética ou estratégica apenas; implica reavaliação doutrinal do ponto crucial do
cristianismo, a cristologia”[5].
Nada mais obtuso hoje em dia do que firmar-se num posicionamento que
reivindica, sem mais, uma centralidade ao cristianismo, entendido como única
religião verdadeira. Na visão de Duquoc, mesmo as posições inclusivistas mais
tradicionais carecem de plausibilidade nos tempos atuais, sobretudo pelo fato
de desconhecerem o valor intrínseco da “extraordinária diversidade religiosa”.
Revelam-se, assim, problemáticas as posições que só reconhecem como legítimo
nas outras religiões o que nelas se anuncia de cristianismo, ou seja, sua
capacidade de abertura positiva àquilo que desconhecem[6].
Na visão eclesiológica tradicional
as diferenças eram pensadas sobretudo como desvios, e acompanhando a lógica
desse posicionamento, junto com a convicção exclusivista vinha a reboque traços
precisos de violência contra o outro. Duquoc levanta a hipótese de uma
cumplicidade entre a convicção de possuir a verdade e a violência. Destaca na
história da Igreja cristã eventos bem precisos onde tal vinculação ocorreu de
forma trágica, como no caso da inquisição. Trata-se da violência que acompanha
a “pretensão eclesiástica de testemunhar
a verdade na história e de ser responsável por sua inscrição social”[7]. A
violência estaria, a seu ver, enraizada na pretensão institucional arrogante de
encarnação da Verdade transcendente. Uma pretensão que vem reforçada pela
grandeza do discurso doutrinal que serve, na prática, para amortecer a
precariedade da instituição eclesial.
Um tal posicionamento revela-se para
Duquoc como equivocado e injusto. Equivocado por enfatizar exclusivamente a
“lógica da identidade”, com exclusão de toda diferença religiosa, entendida
como “indigna de Deus”. E injusto por identificar a diferença como inválida ou
inautêntica[8]. Na
argumentação desse autor, o caminho não estaria na inserção das outras
religiões na “órbita cristã”, mas na pontualização do valor das diferenças. O
determinante para ele não é a identidade, mas a diferença.
A questão fundamental levantada pelo
autor não está na simples defesa da identidade, mas no modo preciso com que ela
se relaciona com a positividade das diferenças: “O problema é, então, o
seguinte: como compreender que o cristianismo possa deixar subsistir uma
exterioridade positiva em sua relação com Deus em Jesus ? Ou em outras
palavras: como o cristianismo pode pensar a própria identidade admitindo por
sua vez a positividade das diferenças religiosas ?”[9]
Em linha de proximidade à reflexão
de teólogos como Geffré e Schillebeeckx, Duquoc sinaliza que a partir mesmo da
perspectiva cristã revela-se possível defender o valor da diversidade
religiosa. E por duas razões. Em primeiro lugar, pelo fato do cristianismo
estar essencialmente “ligado a uma particularidade histórica ineliminável”. É
dentro desta circunscrição que ele busca alcançar a sintonia com o mistério e a
vida de Deus. No centro da busca cristã está a convicção da revelação de Deus
em Jesus. Ao se revelar, porém, em Jesus, tendo em vista tal inscrição
histórica, “Deus não absolutizou uma particularidade”, mas deixou aberta a
dinâmica revelatória na história real, em virtude mesmo desta relatividade. É
justamente a particularidade originária do cristianismo que exige a manutenção
das diferenças. Não se dá com Jesus nenhuma clausura da história religiosa, que
permanece aberta para as surpresas de Deus[10].
A diversidade religiosa vem defendida pelo autor com outro potente argumento.
Trata-se da “simbólica trinitária”, derivada da prática de Jesus. O Deus de
Jesus não traduz uma ideologia unitária, mas revela antes um Mistério que
“integra as diferenças”. Trata-se de um Deus de unidade singular, marcada por
atividade permanentemente criadora, que não abole as diferenças, mas que em
verdade as suscita e acolhe[11].
Esses dois argumentos defendidos por Duquoc, a particularidade histórica de
Jesus e a simbólica trinitária, são de fundamental importância para pensar
diversamente a relação do cristianismo com as outras religiões.
Seguindo a pista aberta por Duquoc,
o que Jesus anuncia é um Deus de abertura, sempre disposto a acolher a riqueza
das diferenças. Há sempre uma reserva escatológica de Deus sobre as religiões,
que mantém acesa a dinâmica dos dons da alteridade. Existem, portanto,
“diferenças na relação do homem com Deus que o cristianismo, dada a sua
particularidade, não tematizou ou praticou e que não pode nem praticar nem
tematizar. A sua particularidade não absolutizada, e a sua convicção de que
Deus é ´Abertura`, obrigam-no a viver aquilo que não pode ser praticado ou
tematizado, como riqueza exterior possível e não como negação”[12].
A figura particular e concreta de
Jesus também favorece o exercício de uma saudável relativização. É essa figura
que “dá peso e limite à figura substitutiva de Deus, Cristo. Com efeito, ela se
previne de substituir Cristo a Deus, mantendo sempre o afastamento necessário
entre Cristo e Deus, entre Cristo e sua testemunha histórica, a Igreja:
afastamento ou distância que dá crédito a uma forma e a um regime particulares
do universal”[13]. Duquoc
enfatiza a necessidade de um permanente retorno à figura do Nazareno, à memória
ativa de suas palavras e gestos proféticos. Assinala o problemático risco de
uma concentração exclusiva na pessoa quando desacompanhada da atenção à sua
mensagem. Não se dá o devido testemunho de Jesus quando a atenção à sua
mensagem fica deslocada para um segundo plano, em favor da proclamação verbal
de seu senhorio. É a mensagem que “afasta qualquer possibilidade de
identificação entre a Igreja e o Reino, Igreja e Cristo. A Escritura, na medida
em que nos transmite a pregação de Jesus, diz, uma vez por todas, que a Igreja
é particular e que ela não é o Reino”[14].
O evento da ressurreição vem também
resgatado por Duquoc para reforçar a tônica da universalidade da mensagem e da
abertura da Boa-Nova. A ressurreição indica a presença de uma “ausência”
providencial, pois mantém aceso o que é inesperado, reforçando a importância do
diuturno trabalho em favor do testemunho evangélico. O ressuscitado previne
também contra uma “integração prematura à instituição que o confessa”. Trata-se
de um retraimento que suscita a providencial ação do Espírito. Como indica
Duquoc, “a ausência do líder confirma a ausência de imposição ou de prescrição.
Jesus, como o Cristo, não ordena aos chefes das comunidades que organizem o
Reino de Deus em seu lugar, mas que sejam testemunhas da Boa-Nova. Eles não são
substitutos de um líder. A ausência deste líder marca a preeminência da
mensagem sobre a personalização”[15].
Em defesa do pluralismo das escolhas
existenciais e religiosas, Duquoc faz recurso a uma singular imagem tomada de
Paul Ricoeur, que fala das religiões como “fragmentos”. Trata-se de uma imagem
fecunda para trabalhar a delicada questão de uma convergência ou não entre as
diversas tradições religiosas. A proposta aventada por Duquoc vai na linha da
defesa de uma ausência de horizonte comum para as religiões, em razão da
sinfonia inter-religiosa estar sempre adiada, pois a verdade última está resguardada por um mistério indisponível.
Como indica o autor, “cada fragmento, é verdade, sugere unidade potencial, mas
seu conjunto, não tendo nenhum horizonte comum, não se impõe como unidade:
talvez fique à espera de uma unidade para o momento indiscernível”[16].
Duquoc afasta-se das propostas teológicas que buscam resolver a questão da
unidade das religiões, oculta ou futura, recorrendo às figuras do Cristo, do Reino, de um horizonte de sabedoria ou de
um humano autêntico[17].
Não descarta a priori a legitimidade
de tais propostas, mas indica que elas estão “afetadas por uma falha”, pois
pressupõem que as religiões estejam convergindo para um único ponto. O que
ocorre, na verdade, é que nenhuma religião ocupa todo o espaço. Enquanto
“fragmentos”, não remetem a uma totalidade. Todas estão envolvidas num concerto
plural, sem que nenhuma ocupe o lugar de maestro.
Segundo Duquoc, essa desafiadora
questão vem suavizada por determinados teólogos, entre os quais Rahner, ao
imaginar que cada fragmento tende estruturalmente para uma unidade, numa
afinação misteriosa com a sinfonia que irromperá no último dia. Teses como a do
cristianismo anônimo de Rahner apontariam nessa direção. Ocorre que uma tal
interpretação, na visão de Duquoc, “não é satisfatória porque não respeita a
singularidade ou originalidade das diferentes tradições, desapropria o
fragmento da separação que ele mantém para assegurar sua identidade”[18].
Em vez do respeito à particularidade dos fragmentos, leva-se ao extremo uma
assimetria que acaba reforçando a qualidade única e universal do cristianismo.
Trata-se de um procedimento que não explica “a extraordinária diversidade das
tradições, conserva delas apenas sua capacidade de abrir-se positivamente
àquilo que ignoram ou, talvez, até mesmo combatam. Os fragmentos não são
suficientemente respeitados em sua identidade, já que não têm significação
positiva a não ser mediante seu elo ainda obscuro com Cristo”[19].
A questão vem resolvida por Duquoc
em chave pneumatológica, ou seja, mediante o recurso da ação misteriosa do
Espírito. Para ele, é o Espírito que atua na “maturação de cada fragmento,
respeitando sua identidade própria”. Ele sopra onde quer, valorizando a
dinamicidade das diferenças. Ele “permite livre curso aos movimentos diversos,
já que se recusa a unificar as línguas, indícios primeiros da divisão
necessária. Ele atua para que essa riqueza disseminada não acabe em violência
unitária em consequência da pretensão, de uma das formas, de ser a única
verdadeira humanidade”[20].
Trata-se do mesmo Espírito que atua na ausência do Ressuscitado, evitando a
“integração prematura à instituição que o confessa”. O autor resiste a uma
certa “obsesssão pela unidade” vigente em âmbito cristão, que acaba apagando ou
restringindo o traço enigmático da assimetria[21].
Em sua reflexão, Duquoc busca
preservar a todo custo o estado de inacabamento que envolve a sinfonia
interreligiosa. Não há como controlar conceitualmente o mistério dessa
multiplicidade religiosa. Recorrendo a P.Tillich e a P.Ricoeur, sugere como
pista a metáfora da profundidade. Ali estaria o segredo da verdade do
pluralismo religioso. A seu ver, “as experiências espirituais das quais as
religiões formam os suportes institucionais nomeiam sem definir esse dom
recebido no acolhimento. A multiplicidade religiosa das designações ou das
nominações do que surge na profundidade do presente sugere que os humanos não
podem controlá-la conceitualmente; podem, entretanto, aproxima-la,
praticamente, desde que renunciem a cegar-se”[22].
Nada mais problemático do que o “encarceramento na aparência”. As
representações são sempre “movediças” diante do Inominado. Há que resguardar
essa salutar distância, respeitando e honrando o seu mistério. O exemplo da
tradição budista é aqui fundamental. Ela renunciou às figuras e formas para
aceder à serenidade luminosa ou ao despertar.
A vinculação a Jesus não apaga esse
estado de inacabamento. Na verdade, Jesus mesmo, em sua pregação, convoca
permanentemente ao mistério da alteridade. A figura do Cristo “orienta,
efetivamente, para Outrem, cujo nome é indizível mesmo que a metáfora Pai como
significante da origem seja amplamente explorada pelos evangelhos”.
Resguarda-se uma distância entre a ação de Jesus e o horizonte assinalado. Uma
distancia que preserva o traço fragmentário das distintas experiências
espirituais. Assim sendo, “a singularidade de Jesus, o Cristo, não abole as
outras singularidades, ela as aponta como fragmentos potenciais de um todo
inacabado, e inacabável para nós”[23].
Em defesa de um sadio “agnosticismo”
com respeito a um possível horizonte comum para os movimentos espirituais e
religiosos da história, Duquoc sugere manter acesa essa “errância inacabada”,
animada pela presença vitalizadora do Espírito[24].
Sem deixar-se tomar pela pressa da unidade, prefere optar pelo “tempo da
paciência de Deus”. No lugar de uma base mínima de acordo, fundada num
horizonte comum, indica ser “mais desejável que cada fragmento aprofunde sua
lógica sem obstruir seu intuito universal, vazio, por enquanto, de todo
conteúdo capaz de unificar o diverso religioso”[25].
(O
texto faz parte do tópico 2.4 do segundo capítulo do livro: Teologia e
pluralismo religioso. São Bernardo do Campo: Nhanduti, 2012, p. 104-110)
[1]
Nasceu em Nantes (França) em dezembro de 1926. Entrou para a Ordem Dominicana
em 1948 e se ordenou presbítero em julho de 1953. Atuou como docente de
teologia dogmática por 35 anos na Faculdade de Teologia da Universidade
Católica de Lyon (1957-1992) e também na Faculdade autônoma de teologia protestante
em Genebra (1979-1991).
[2]
M.DEMAISON. La liberté du théologien.
Hommage à Christian Duquoc. Paris:
Cerf, 1995.
[3]
As citações serão aqui tomadas das traduções italiana e portuguesa: Un dio diverso. Saggio sulla simbólica trinitaria. 2 ed. Brescia:
Queriniana, 1985 e O único Cristo. A
sinfonia adiada. São Paulo: Paulinas, 2008.
[4]
C.GEFFRÉ. Le symphonie différée. In: Hommage
au frère Christian Duquoc, p. 74 (2008):
http://bibliotheque.domuni.eu/IMG/pdf/Hommage_a_Christian__Duquoc.pdf
(acesso em 22/09/2011)
[5]
C.DUQUOC. O único Cristo, p. 15.
[6] Ibidem,
p. 168; Id. Un dio diverso, p. 133.
[7]
Id. “Credo la Chiesa”. Precarietà
istituzionale e Regno di Dio. Brescia: Queriniana, 2001, pp. 26 e 146. Duquoc
sinaliza que durante séculos Jesus Cristo mesmo veio invocado para justificar a
violência interreligiosa, o que significa, na verdade, a afirmação de uma
conduta que desonra o sentido da vida e ação de Jesus: C.DUQUOC. Du dialogue
inter-religieux. Lumiere & Vie,
n. 222, 1995, p. 72.
[8]
C.DUQUOC. Un dio diverso, p. 134.
[9] Ibidem,
p. 135.
[10] Ibidem,
pp. 136-137.
[11]
Ibidem, p. 137. Em mesma linha de reflexão, o teólogo Adolphe Gesche sublinha:
“O Deus cristão não é indiferenciado, como Absoluto da percepção comum. Rico de
uma unidade de relações, ele não é nem o Uno do monoteísmo estrito, de tipo
plotiniano, nem o Muitos do politeísmo. Trata-se de um monoteísmo que integra o
plural, a diferença. Um monoteísmo que integra, ousaríamos dizer, a
inquietação, o rumor e a riqueza do plural”: A.GESCHÉ. A destinação. São
Paulo: Paulinas, 2004, pp. 171-172.
[12]
C.DUQUOC. Un dio diverso, p. 138.
[13] Id. O
cristianismo e a pretensão à universalidade. Concilium, v. 155, n. 5, 1980, p. 69.
[14]
Ibidem, p. 69. É o mesmo Duquoc que diz, em outra obra, que o Reino de Deus é
também o “tormento” da Igreja, na medida em que ele relativiza o instituído e o
dinamiza, sem, porém, desconsiderar sua importância: Id. “Credo la Chiesa”, pp. 24-25. O teólogo salvadorenho, Jon Sobrino,
em linha semelhante de reflexão, assinala que o medo do terceiro mundo é um
“Cristo sem Reino”. Chama a atenção para o risco que representa a concentração
no mediador (Jesus Cristo ressuscitado), quando desacompanhada da atenção e
exercício da mediação (a realização da vontade, o Reino de Deus nas palavras de
Jesus, as esperanças messiânicas): J.SOBRINO. Messias e messianismos. Reflexões
a partir de El Salvador. Concilium,
V. 245, n. 1, 1993, p. 134.
[15]
C.DUQUOC. O cristianismo e a pretensão à universalidade, p. 71. Ver também: Id.
O único Cristo, p. 168.
[16]
C.DUQUOC. O único Cristo, p. 88.
[17]
Duquoc distancia-se, em parte, com sua hipótese, das propostas defendidas por
K.Rahner, J.Dupuis, C.Geffré e H.Küng. Com respeito à metáfora do Reino, para
dar um exemplo, sinaliza que ela “suscita reservas”, sobretudo por gozar de
menor poder de universalidade, ao mover-se num “espaço bem definido”: C.DUQUOC.
O único Cristo, p. 89. Ver tb p. 88.
[18]
C.DUQUOC. O único Cristo, p. 167.
[19] Ibidem,
p. 168.
[20] Ibidem,
p. 176 e tb p. 168.
[21] Ibidem,
p. 166.
[22] Ibidem,
p. 91.
[23] Ibidem,
p. 93. E tb p. 92.
[24]
Reagindo a Duquoc, Geffré pondera que sua posição teológica é menos cética em
relação ao dominicano de Nantes. Sintoniza-se com a idéia da presença de um
pluralismo religioso insuperável, mas indique que através do diálogo
interreligioso começa a acontecer um aprendizado novo, de aproximação distinta
à verdade que se almeja: C.GEFFRÉ. Le symphonie différée. In: Hommage au frère Christian Duquoc, p.
80.
[25] Ibidem,
p. 170.
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