Rûmî e a
flama do Coração
Faustino Teixeira
PPCIR-UFJF
“Quando
o rosto do amado ocupa a nossa mente,
não
mais que em contemplar consiste a nossa
vida”[1]
Os grandes
místicos são guias essenciais nesta travessia de olhar. Na sua experiência de
intimidade com o Mistério maior, abrem caminhos inusitados de percepção do
Real, afirmando a cidadania de um outro mundo que habita o mundo, e que é
“impermeável às palavras”. O místico é aquele que consegue enxergar para além
da rota conhecida, traçada no mapa do conhecimento usual, e captar a dimensão
da experiência interna, servindo-se da lógica do coração e dos atalhos da
inspiração.
A Pérsia foi
berço de grandes místicos, entre os quais destaca-se Djalāl-od-Dīn Rūmī
(1207-1273). Para Eva de Vitray-Meyerovitch, que traduziu importantes obras de
Rūmī para o francês, o que há nele de mais cativante é a sua mensagem de amor e
sua universalidade. L.Boff fala no traço de familiaridade que une Rûmî
(1207-1273) a são Francisco (1181-1226), que foram contemporâneos por 26 anos:
ambos místicos e poeta, ambos embriagados de amor e loucura[2].
Para poder
se adentrar na linguagem dos místicos faz-se necessário captar a singularidade
da epistemologia utilizada, ou seja, a especificidade da “teoria do
conhecimento inspirada”. O místico é alguém que passa por um aprendizado que se
dá por via direta do dom divino. Com base na teoria da ma´rifa, que se traduz pelo conhecimento intuitivo de Deus, os
místicos dão um passo além do conhecimento discursivo (´ilm), e apontam caminhos que indicam uma divina inspiração. São
considerados “amigos de Deus” (awliyā) e herdeiros dos profetas,
recebendo sua “divina instrução” diretamente no coração[3].
Na linha dos
grandes místicos, Rūmī sublinhou a fragilidade do conhecimento que se firma sem
a referência ao divino mistério e sem a sintonia com o caminho do coração e do
amor. A seu ver, há uma inabilidade intrínseca do intelecto para seguir os
rastros do Mistério Absoluto.
O máximo que
consegue alcançar é as “cercanias do transcendente”. Na visão de Rūmī, o amante
que deixa de sentir as “esporas do amor” é “como um pássaro que perdeu as
asas”. É a “doce loucura” do amor que favorece a percepção do brilho do Sol de
Deus. Mas não há como explicar o que o amor significa: só no calor da paixão e
da intimidade ele revela o seu profundo significado.
O canto mais
forte do místico é o canto da Unidade, da busca da União. Seus sinais
repercutem por toda parte. E sedento quer conhecer “o seio de sua nutriz”. Ali
está a “caravana de açúcar”. O canto é forte: “O mundo é apenas Um, venci o
Dois”.
O tema do
amor encontra um lugar central em todo o Mathnawī
de Rūmī. É a sua flama que inspira a flauta de bambu (ney) no lamento de uma vida que foi separada de sua raiz: “Escuta a
flauta de bambu, como se queixa, lamentando seu desterro: Desde que me
separaram de minha raiz, minhas notas queixosas arrancam lágrimas de homens e
mulheres” (MI:1)[4]. A
flauta desvela os segredos mais íntimos, é a confidente dos amantes: suas notas
melodiosas relatam histórias de amores como a de Majnun, em sua tresloucada
busca de Layla (MI:12 e 14).
O Amor é
antes de tudo, “luz sobre luz” (MIII:3920), um “oceano cuja profundidade é
invisível” (MV:2731). Ao falar sobre o seu mistério e charme “o céu canta”
(MIII:4732). O amor é chama ardente que “faz o mar ferver como uma chaleira”,
“estilhaça a montanha”, “fende o céu” e “faz tremer a terra” (MV:2735-2736),
mas permanece sempre “doçura” (MIII:3921).
Rûmî
sente-se prisioneiro de Laila e Majnum. Como diz Marco Lucchesi em nota sobre
um dos poemas, “o amor pode arruinar o coração. Despedaçá-lo. E o contato com o
Amado pode valer mais tarde a flexa do desassossego”[5].
E o místico canta num de seus poemas:
Ela me atrai para a lua,
ele me lança no abismo,
ela me cobre de chuva,
ele me abrasa co´olhar[6]
Em sua pena,
a clássica história de amor da literatura persa, escrita por Nizami no século
XII: de um amor protegido pela distância. Como diz Lucchesi, “tudo é veu, o
rosto que foge, a imagem dos lábios”[7].
Vale
registrar a belíssima página do romance Laila e Majnun de Nizami, a
clássica história de amor da literatura persa, onde se aborda o encontro entre
os dois amantes:
Quanto mais se aproximavam do lugar em que Laila estava
esperando, mais Majnun tremia de prazer e desejo. Ele esporeava com impaciência
a montaria, para que andasse mais rápida.
Tinha a sensação de que a fonte da água pura da vida tentava-o
do horizonte. Era como se o perfume de sua amada flutuasse com o vento sob suas
narinas, a incitá-lo. Era como se morresse de sede enquanto vislumbrava o
próprio rio Tigre ao longo, e como se este sempre retrocedesse à sua
aproximação (...).
Majnun e seu guia finalmente alcançaram o bosque de palmeiras
onde os animais ficariam acampados e esperariam o retorno do mestre. Assim que
o crepúsculo caiu, Majnun entrou no jardim e sentou-se sob uma palmeira para
esperar, enquanto o velho partia para fazer o sinal combinado à Laila.
Laila, sozinha em sua tenda, viu a aproximação do velho e,
cobrindo-se com o véu, saiu apressadamente para encontra-lo. Seu coração estava
dividido entre medo, dúvida e esperança: ela havia esperado tanto, derramado
tantas lágrimas – sabia exatamente o que arriscava ao encontrar-se com Majnun
desse jeito, mas tinha de vê-lo! Protegida por seu véu e pelo crepúsculo que
caía, Laila acenou para o velho e voou pelo jardim.
Ela viu Majnun imediatamente, mas parou antes de alcançar a
palmeira sob a qual ele estava sentado. O corpo inteiro de Laila tremia, e
parecia que ela estava profundamente enferma. Não mais que vinte passos
separavam-na de seu amado, mas era como se um feiticeiro tivesse delineado um
círculo mágico no chão cujo limite ela não deveria ultrapassar.
O velho, que a alcançara, tomou-a pelo braço para conduzí-la.
Mas ela disse cortesmente: ´Nobre senhor, nem tão longe, mas nem tão perto.
Agora sou igual a uma vela ardente; um passo mais perto do fogo e eu serei
consumida completamente. A proximidade traz o desastre, pois os amantes só
estão seguros separados`”[8].
O
amor vem preservado pela vigília do amante. Como mostrou Marco Lucchesi, “a
insônia é ponto crucial na gramática do amor”[9].
Para assegurar a presença serena do Amado, o buscador luta com todas suas
forças para manter longe o “sono frágil”; seu “exército é maior”: “procura
combate” e vence: “Do céu vem o amor: sua grandeza, desejo cristalino e
soberano”[10].
Toda noite é “noite da felicidade”, e o místico insiste: “Não durma, minha
estrela e meu destino”.
Dentre os
místicos de todos os tempos, Rūmī destaca-se como um dos que mais acentuou o
traço da generosidade divina. A graça de Deus vem por ele percebida como uma
realidade que transborda contínua e abundantemente sobre todas as criaturas
(MI:3923). Deus, em sua infinita misericórdia, não abandona o ser humano em
instante algum (MII:2533).
Não é
possível escapar de sua misericórdia, é o que indica a linda Sura da Manhã:
“Pelo esplendor do meio-dia, e pela noite
quando serena, Teu Senhor não te abandonou nem te odeia” (Corão, 93,1-3).
Mawlānā
sublinha que a misericórdia de Deus não tem limites revelando-se como a nutriz
universal mais potente (MIII:2922 e MII:1951). E esta misericórdia de Deus está
sempre à disposição de quem precisa: “Se tu desejas a água da misericórdia,
abaixe-te e em seguida beba o vinho da misericórdia e torne-se ébrio”
(MII:1940).
Na visão de
Rūmī, não é o sedento que busca a água, mas a água que busca o sedento: “Não
busque a água, mas mostre-se sedento, para que a água possa jorrar de alto a
baixo” (MIII:3212). Deus é sobretudo
amoroso, e sua graça toca o coração de cada ser humano em momentos inesperados
e faz ali sua morada:
Teu amor chegou a meu coração e partiu feliz.
Depois retornou e
se envolveu com o hábito do amor,
Mas retirou-se
novamente.
Timidamente, eu
lhe disse: ´Permanece dois ou três dias!`
Então veio,
assentou-se junto a mim e esqueceu-se de partir[11].
O
reconhecimento da generosidade de Deus percorre toda a mística islâmica,
manifestando a dimensão de sua proximidade (tašbīh)
do humano.
E também o
tema da gratuidade do amor de Deus. Algo que vem retomado por Rūmī no Mathnawī. A seu ver, o amor a Deus deve
ser inteiramente gratuito, assim como é gratuito o envolvimento de seu abraço.
É um amor que não pode ser movido por esperança ou medo. Deus deve ser amado
por si mesmo (MIII:4594-4599). O verdadeiro servidor de Deus deve agir não em
função da esperança no paraíso ou em razão do temor do inferno, mas deve
alimentar sua vida pela gratuidade mesma do amor de Deus (MIII: 1910-1912).
Para
Mawlānā, as formas exteriores são sempre limitadas. Não há porque manter o
olhar fixado nas nuvens, quando ele pode alcançar a lua (MIII:3533); não há
porque fixar-se na espuma, quando o Mar anuncia-se no horizonte: “Aquele que
olha a espuma fala do mistério, enquanto aquele que olha o mar maravilha-se”
(MV:2908). O movimento circular da espuma acaba distraindo o olhar, que deixa
de captar a experiência verdadeira do mar (MV:2907 e MFIII:1270). O “vinho
espiritual” encontra-se presente nas formas terrenas, mas sua visibilidade só
ocorre entre aqueles que passam pelo aprendizado do discernimento das coisas
profundas do Espírito.
Para a
tradição mística sufi, o coração (qalb)
é visto como o “órgão sutil da percepção mística”. Trata-se do órgão que possibilita
“o verdadeiro conhecimento, a intuição compreensiva, a gnose (ma´rifa) de Deus e dos mistérios
divinos”. É no coração que se vê refletido, como num espelho, as diversificadas
formas de manifestação de Deus.
A luz do
coração, que ilumina o olhar, provém da Luz de Deus (MI:1126-1127). E esta é
distinta da luz da inteligência e dos sentidos. Como indica Rūmī, para acessar
o tabernáculo espiritual, é necessário ter um “coração purificado”, um
“espírito iluminado” (MI:1391-1396). Aqueles que “poliram” o coração
transcendem o mundo das formas e das cores, podendo contemplar “sem cessar a
Beleza a cada instante” (MI:3492).
E em todo o
percurso há a exigência de purificação de si, de todos os atributos do eu, e
para tanto é necessário “polir, polir, polir” (MIV:2469). Os mistérios do
empíreo habitam no coração do peregrino, embora escapem de sua possibilidade de
percepção. São mistérios que estão à sua alçada:
Vós que saístes a peregrinar!
Voltai, voltai,
que o Amado não partiu!
O Amado é vosso vizinho de porta,
por que vagar no deserto da Arábia?[12]
Como
sublinha Mawlānā, a cada instante atua, por força do Mistério, uma influência
diferente no coração, uma nova marca, um desejo diferente, um abrasamento
diferente (MIII:1639). O coração é “como uma pena no deserto, que nasceu
prisioneira dos ventos; o vento a leva por toda parte ao acaso, ora para a
direita, ora para a esquerda, em direções opostas (...); é como a água em uma
chaleira fervendo ao fogo. Assim, a cada momento, um novo propósito ocorre ao coração,
que não procede de si mesmo, mas de sua situação” (MIII:1641-1644)
Uma
das mais belas passagens do Masnavi relata a história de Moisés e o pastor.
Certa vez, Moisés ouviu um pastor que rezava de forma espontânea:
“Ó Deus, mostra-me onde estás, para que eu possa tornar-me Teu Servo, para que eu amarre Tuas sandálias e que eu penteie Teus cabelos, para que eu lave Tua roupa, mate Teus piolhos, traga Teu leite, oh meu adorado! Que eu beije Tua mão amada, que eu massageie Teu pé amado e no momento de dormir, balance Tua pequena cama. Ó Tu, a quem todas as minhas cabras são ofertadas em sacrifício; ó Tu em quem eu penso, lânguido, pleno de desejo de amor”.
“Ó Deus, mostra-me onde estás, para que eu possa tornar-me Teu Servo, para que eu amarre Tuas sandálias e que eu penteie Teus cabelos, para que eu lave Tua roupa, mate Teus piolhos, traga Teu leite, oh meu adorado! Que eu beije Tua mão amada, que eu massageie Teu pé amado e no momento de dormir, balance Tua pequena cama. Ó Tu, a quem todas as minhas cabras são ofertadas em sacrifício; ó Tu em quem eu penso, lânguido, pleno de desejo de amor”.
Ao
ouvir a oração do pastor, Moisés, o profeta legalista, repreende-o severamente,
identificando-o como alguém perverso e ímpio, por referir-se ao Deus juíz de
forma assim tão familiar e estúpida. Para ele, o grande Deus não necessitava de
um semelhante serviço.
Diante
de tal atitude, o pastor, envergonhado e transtornado, com a alma queimada,
rasga suas roupas e retira-se para o deserto.
Neste
momento, veio do céu uma revelação de Deus a Moisés, que dizia: “Separaste meu
servidor de Mim. Eis que viestes para reconciliar meu povo comigo, e não para
afastá-lo de Mim. De todas as coisas, a mais detestável a meus olhos é o
divórcio. Dei a cada povo uma forma de expressão. (...) Não tenho necessidade de seus louvores,
estando acima de toda necessidade. (...) Não considero as palavras que são
ditas, mas o coração que as oferece, pois o coração é a essência e a palavra
acidente. (...) Ó Moisés, aqueles que amam os belos ritos são de uma classe,
aqueles cujos corações e almas ardem de amor são de outra. (...) Não é preciso
virar-se para a Caaba quando se está nela, e mergulhadores não precisam de
sapatos. (...) A religião do amor é diferente de todas as outras religiões,
pois para os amantes, Deus é a fé e a religião”.
Em
seguida, Deus infundiu no íntimo do coração de Moisés os mistérios que palavra
humana alguma alcança. As palavras invadiram seu coração, transformando
radicalmente sua visão.
Após
compreender a reprovação de Deus, Moisés corre ao deserto em busca do pastor.
Ao encontrar-se com ele, assim se expressa, movido de compaixão: “Não busque
regra alguma, nem método de adoração; diga tudo o que seu coração aflito
deseja. Tua blasfêmia é a verdadeira religião, e tua religião é a luz do
espírito: estás salvo, e graças a ti um mundo inteiro salvou-se igualmente”
(MII, 1720-1785).
Com esta
bela história de Moisés e o Pastor, Rûmî quer reforçar a idéia da presença
graciosa de Deus que age de forma diversificada nos corações, provocando
expressões distintas e particulares de acolhimento, para além das rígidas
fronteiras traçadas pelas ortodoxias muitas vezes frias e insensíveis.
Nesta
compreensão do coração como órgão capaz de acolher todas as formas, rompe-se
com a visão superficial que reduz o abraço do mistério ao espaço de
exclusividade das crenças. As crenças são sempre vínculos, “nós” (i´tqād) que atam no tempo a percepção da
Presença Espiritual. São como as “inumeráveis cores que as pessoas impõem à luz
incolor por meio de suas próprias existências delimitadas”[13].
Rūmī vê nos
santos uma referência essencial para a percepção de um coração transparente,
para a afirmação da dinâmica da alegria no coração. O seu convite é para que
todos tomem lugar junto “à mesa dos santos” para se embriagar com o seu vinho.
Os santos são mergulhadores que apontam o caminho para o “doador do segredo”,
são um apoio seguro para este mundo e arautos da misericórdia de Deus
(M1933-1934).
Segundo
Mawlānā, a religião autêntica distingue-se muitas vezes da religião formal.
Como habita no coração do crente verdadeiro, ela traduz um determinado estado
da alma, marcado pela humildade e pela dinâmica compassiva. Enquanto religião
dos amorosos, não há para ela outro mestre verdadeiro senão o Bem-Amado: “seus
únicos livros, cursos e lições são o seu rosto” (MIII:3847). A lógica que a
move é o despojamento e a gratuidade.
Seus
seguidores protegem-se contra a hybris e o orgulho, seguindo o exemplo de Ayâz
– o favorito do rei Mahmud -, que manteve guardados seus velhos sapatos e sua
roupa rasgada para manter viva a recordação de sua origem humilde: “A semente
de onde provéns é a tua sandália, teu sangue e tua manta de carneiro; todo o
resto, ó meu mestre, é seu dom!” (MV:2115).
Mas a move
também a “excelência das ações”, pois são as obras as únicas companheiras que
seguem os fiéis na travessia da existência. Nem os amigos, nem todos os bens da
terra acompanham o ser humano para além da tumba (MV:1045-1047).
No momento
em que as violentas intempéries tendem a ameaçar a vida e o otimismo, os sufis
fazem recurso à chave essencial da felicidade, que é a paciência (sabr). Esta é
para eles não só uma defesa contra o sofrimento, mas um grande elixir
(MIII:1841 e 1852-1854). O livro do Corão fala na “bela paciência” (C 12,18 e
83).
O grandioso
espetáculo das flores na primavera são resultado de um tempo de paciência que
marcou as árvores e a vegetação durante o inverno. É este exemplo que anima os
amantes do Cântico dos Cânticos, a saírem pelos campos para viver a experiência
do amor (Ct 7,12). Eles seguem a escola da natureza. Aprenderam a “esperar o
tempo do amor”, atravessando todas as suas fases, passando pelo tempo das
flores, até chegar à estação dos frutos. Na primavera podem, então, celebrar o
amor tão desejado.
Entre as
mais ricas mensagens deixadas por Rūmī, e que permanecem atuais é a da cortesia
inter-religiosa e a delicadeza espiritual. É um místico marcado por grande
liberdade, otimismo e ousadia. Não convida ninguém a romper com o caminho de
sua tradição, mas insiste com vigor na necessidade de avançar para dentro da
tradição, naquele núcleo mais íntimo onde brota a água viva da Realidade. E,
curiosamente, é na intimidade deste núcleo que se abrem as condições para o
encontro verdadeiro com os outros.
[1] Marco LUCCHESI. Rûmî: diário de um tradutor.
In: ____. A flauta e a lua. Poemas de
Rûmî. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2016, p. 148.
[2] Leonardo BOFF. O eixo do amor: Rûmî e
Francisco de Assis. In: Marco LUCCHESI. A
flauta e a lua, p. 185-196.
[3] “Quem não compreende a fala, não aflija com
isso o seu coração. Pois enquanto o homem não se iguala a essa verdade, não
compreenderá essa fala. Essa é, sim, uma verdade vinda diretamente do coração
de Deus”: Mestre ECKHART. Sermões alemães
I. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 292 (Sermão 52).
[4] A referência aqui é o Livro do Mathnawi
(Masnavi), em sua edição integral francesa (Éditions de Rocher). São seis
livros, nomeados sempre com números romanos.
[5] Marco LUCCHESI. Notas sobre os poemas. In:
____. A flauta e a lua, p.125.
[6] Marco LUCCHESI. A flauta e a lua, p. 80.
[7] Marco LUCCHESI. Notas sobre os poemas. In:
____. A flauta e a lua, p. 141.
[8] NIZAMI. Laila
& Majnun. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003, p. 162.
[9] Marco LUCCHESI. Notas sobre os poemas. In:
____. A flauta e a lua, p. 140.
[10] Marco LUCCHESI. A flauta e a lua, p. 59.
[11] Djalâl-od-Dîn RÛMÎ. Rubâi´Yât. Paris: Albin Michel, 1993, p. 65. Na tradução
brasileira: Faustino TEIXEIRA & Volney BERKENBROCK (Orgs). Sede de Deus. Petrópolis: Vozes, 2002,
p. 26.
[12] Marco LUCCHESI. A flauta e a lua, p. 39.
[13] William CHITTICK. Mundos imaginales: Ibn ´Arabi y la diversidade de las creencias.
Sevilla: Alquitara, 2003, p. 283.
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