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sábado, 23 de dezembro de 2017

O ritmo encantado das religiões no Brasil: a questão do sincretismo

O ritmo encantado das religiões no Brasil: a questão do sincretismo


Faustino Teixeira
PPCIR/UFJF

Introdução

Um dos importantes desafios que se levantam hoje para a pastoral e a teologia diz respeito à questão do sincretismo. Há, porém, que superar uma visão preconceituosa, típica das formas dominantes de religião, que associa o sincretismo a uma perniciosa mistura ou degradação, para compreendê-lo como um fenômeno universal, que necessariamente ocorre quando se processa o encontro com os outros. O campo religioso brasileiro fornece exemplos extremamente significativos dessa incorporação criativa que se dá na dinâmica processual inter-religiosa. Em verdade, o que ocorre no calor dos trópicos é um “som Brasil” com tessitura vivamente relacional e sincrética, favorecendo uma percepção inusitada e provocadora de um exercício distinto de ser religioso no tempo atual.

Um campo religioso em transformação

            Seguindo a avaliação do último Censo Demográfico realizado no Brasil em 2010, o que se verifica é um progressivo processo de pluralização religiosa, com indicações precisas de uma dinâmica de movimento. Para um país que se apresentava até pouco tempo como hegemonicamente católico, algumas mudanças começam a ocorrer, indicando um campo religioso em transformação. Segundo os dados do Censo, o catolicismo vem perdendo força a cada década: 99,7% em 1872;  89,2%  em 1980; 83,3% em 1991; 73,6% em 2000 e 64,6% em 2010 (em torno de 123 milhões de declarantes). Enquanto os índices do catolicismo caem, verifica-se um considerável crescimento evangélico, com o indicativo de 22,2% em 2010 (cerca de 42 milhões de declarantes). Nesse crescimento, um papel especial concedido aos pentecostais, que tiveram um crescimento espantoso entre 1991 e 2010, passando de pouco mais de oito milhões para mais de vinte e cinco milhões de adeptos, num ritmo de crescimento superior ao da população brasileira, abarcando quase todas as regiões do país. Considerável também o crescimento dos sem religião, ou não afiliados, que alcançaram no último Censo o registro de 8% dos declarantes, cerca de 15,3 milhões de pessoas. Em seguida aparecem os declarantes espíritas, que também registraram um singular crescimento, passando de 1,3% em 2000 para 2,02% em 2010, o que indica um número aproximado de 3,8 milhões de seguidores. As religiões de matriz afro-brasileira aparecem com uma declaração de crença mais modesta, com o índice de 0,3% da população brasileira, e o Censo indica que elas vêm sofrendo uma redução progressiva desde 1991, sobretudo a umbanda.

            Com base nos dados do Censo de 2010 não há como negar a força do referencial cristão na sociedade brasileira. Somando-se o registro dos católicos com os evangélicos, chega-se quase a 90% da declaração de crença. Mas já se começa a perceber uma movimentação nova, com a presença dos sem religião (8%), dos espíritas (2,02%) e adeptos das religiões de matriz afro-brasileira (0,3%). Acrescenta-se ainda a presença do judaísmo (0,06%) e das religiões orientais, ainda bem minoritárias em nosso país, envolvendo uma estreita parcela de 0,22%; bem como as religiões dos povos originários e as tradições esotéricas.[1].

            Os dados apresentados pelo Censo não conseguem, porém, dar uma ideia precisa da dinâmica que anima o campo religioso brasileiro, mas não dá para entender esse campo com as lentes de um monolitismo religioso. Como bem mostrou Pierre Sanchis, as religiões no país “não formam blocos estanques: existem pontes, relações e transferências de sentido”.[2] O catolicismo brasileiro oferece um exemplo bem particular. É uma tradição que se veste com uma roupagem bem plural em suas malhas diversificadas. A forma de sua inserção na sociedade brasileira ganha essa coloração singular, com “mecanismos de fagocitose” que são peculiares, indicando que, na verdade, “há religiões demais nesta religião”[3]. E assim como nas outras tradições, ocorre com o catolicismo os efeitos visíveis do processo de desinstitucionalização em curso. Foi o tempo em que as instituições se apresentavam como estruturas sólidas que enquadravam e regulavam rigidamente o universo das experiências religiosas. O que temos hoje é uma dinâmica bem mais fluida, que aponta para um horizonte bem diverso:

“Um dos problemas mais críticos que as instituições religiosas terão de enfrentar nos próximos anos será de se haver com um significado menos totalizante para a relação identitária que seus fiéis manterão com elas. Conservando-se presentes as identidades religiosas institucionais, é provável que o seu significado e o seu conteúdo se diversifiquem e se modalizem”.[4]

            Sem negar a presença de ondas identitárias que se firmam no cenário religioso, urge entender que esse processo novo, pontuado pela ampliação das porosidades, indica que as declarações de pertença religiosa vão se tornando cada vez mais complexas, exigindo uma atenção mais fina do analista.

Um ritmo religioso encantado

            O campo religioso brasileiro vem marcado por um ritmo singular, de circulações, interações, composições e múltiplas pertenças. A forma de viver a religiosidade não envolve exclusão ou rupturas mais fortes, mesmo que isto possa ocorrer aqui e ali, num tempo que é também de irrupções fundamentalistas. Na verdade, os devotos buscam ampliar suas possibilidades de apoio e proteção, sobretudo em tempos de anomia. Vale para o brasileiro o que expressou tão bem João Guimarães Rosa, com o personagem Tartarana em seu romance Grande sertão, veredas:

“Muita religião, seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio... Uma só, para mim é pouca, talvez não me chegue”.[5]

            O brasileiro, sobretudo aquele do meio popular, vive num mundo encantado, num clima de grande espiritualização, modulado pela presença de forças, energias e espíritos. Trata-se de um mundo relacional, com destaque para o ritmo do “outro mundo”. O brasileiro não vive apenas em torno da “casa” e da “rua”, mas também tocado pela presença dessa outra região, marcada pelo signo da eternidade. É, na verdade,

“um local de síntese, um plano onde tudo pode se encontrar e fazer sentido. Assim, o outro mundo – o mundo dos mortos, fantasmas, espíritos, espectros, almas, santos, anjos e demônios – é também uma realidade social marcada por esperanças, desejos que aqui ainda não puderam se realizar pessoal ou coletivamente”.[6]

            Essas forças e espíritos envolvem os fieis numa aliança de encantamento, estabelecendo relações que são fundamentais para a nomização pessoal e coletiva. O diálogo com esses “outros” está sempre presente e conforma a plausibilidade da construção do mundo. É nesta relação que se firma e mantém o mundo subjetivo. São “outros” que entram no mundo e firmam a dinâmica do sujeito: “orixás para alguns, mortos, santos ou entidades para outros; Nossas Senhoras que aparecem e vêm conviver com os homens; anjos, espíritos, forças cósmicas, demônios, ou tudo isso ao mesmo tempo; enfim, Espírito Santo para pentecostais e carismáticos”.[7]

            Esse circuito de espíritos não é um fenômeno isolado ou restrito a grupos específicos, mas algo que envolve cerca da metade da população brasileira. Não é pouca coisa. São dezenas de milhões de brasileiros que entram regularmente em contato com este outro mundo e estabelecem com ele relações personalizadas.[8]

            As expressões religiosas existentes são porosas, permitindo uma gama de pontes e relações. Não há, em geral, insulamentos de exclusividade. Partindo da tradição dos povos originários, o que se vê é a presença de um mundo invisível povoado de forças e poderes que acompanham de perto as pessoas. No belo livro de Davi Kopenawa e Bruce Albert, A queda do céu, o xamã yanomami fala da presença viva dos xapiri que habitam a floresta: “Em todos os lugares onde vivem humanos, a floresta é assim povoada de espíritos animais. São as imagens de todos os seres que andam pelo solo, sobem pelos galhos ou possuem asas”.[9]

            Um olhar atento sobre o catolicismo popular capta a presença viva dos santos, das rezadeiras, beatos e benzedeiras e o seu incrível potencial de lidar com as forças do sagrado. Cada canto do sertão vem pontuado pela presença de um curandeiro, que está ali para ajudar os outros a resolver inúmeras questões, como a cura de doenças, a solução para a perda de objetos, a anulação do efeito de  infortúnios, como a picada de cobra ou o mal olhado. O fundamental não é necessariamente a “resolução” do problema, mas a manutenção da “certeza na possibilidade de acesso ao Além”.[10]

            Essa dinâmica encantada povoa não apenas o catolicismo popular, mas está igualmente presente na irradiação pentecostal, marcado por inúmeros sinais e mediações, que articulam gestos, objetos, copos d´água, terra, contatos físicos etc. E o “outro” da tradição religiosa distinta aparece através dos recursos simbólicos utilizados. O repertório particular vai sendo igualmente tecido  pelo recurso emprestado de outra religião, como no caso das entidades das religiões afro. Ocorre muitas vezes uma espécie de “antropofagia da fé inimiga”, ou fagocitose, quando as outras entidades são convocadas a se apresentarem no percurso do ritual como parte integrante da dinâmica em curso.[11]

            Bricolagens diversificadas acontecem também nas práticas do pentecostalismo católico, ou renovação carismática, quando o reavivamento religioso vem ressignificado com a presença de elementos simbólicos de outras tradições religiosas. Ocorrem ainda dinâmicas de intercâmbio de carismáticos com práticas holísticas envolvidas numa cosmovisão Nova Era.[12]

            O “mundo invisível” comparece intensamente nas práticas do espiritismo kardecista no Brasil. Com a presença da mediunidade se estabelece uma comunicação espiritual entre os dois mundos, o visível e o invisível. Mesmo com uma modesta presença estatística no Brasil, não há como negar o impacto de uma “impregnação” espírita na sociedade brasileira, com destaque no mundo cultural, nos romances, filmes e novelas. Merece também relevo a figura de Chico Xavier, que não apenas nacionalizou o perfil do kardecismo, integrando-o ao ethos nacional,  como também aproximou-o do catolicismo popular.[13]

            No âmbito das religiões afro-brasileira, em particular no candomblé, a beleza da “dança dos deuses”, que proporciona um encontro fabuloso entre os fiéis e seus orixás, produzindo uma profunda ressignificação do sujeito, uma intensificação de sua personalidade, envolvida e penetrada pela presença dos deuses, que tomam o corpo dos fiéis e provocam o encontro festivo do céu e da terra. Como sublinha Pierre Verger, a baiana deixa de ser uma entre milhares de outras para se transformar numa “rainha”. Ou na bela reflexão de Roger Bastide:

“Não são mais costureirinhas, cozinheiras, lavadeiras que rodopiam ao som dos tambores nas noites baianas; eis Omolu recoberto de palha, Xangô vestido de vermelho e branco, Iemanjá penteando seus cabelos de algas. Os rostos metamorfosearam-se em máscaras, perderam as rugas do trabalho cotidiano, desaparecidos os estimas  desta vida de todos os dias, feita de preocupações e de miséria. Ogum guerreiro brilha no fogo da cólera, Oxum é toda feita de volúpia carnal. Por um momento, confundiram-se África e Brasil; aboliu-se o oceano, apagou-se o tempo da escravidão. Eis presentes aqui os orixás, saudando os tambores, fazendo icá ou debalé diante dos sacerdotes supremos. Não existem mais fronteiras entre natural e sobrenatural; o êxtase realizou a comunhão desejada”.[14]

                  Podemos, em síntese, sinalizar que os caminhos que levam ao Mistério no Brasil são pontuados por tessituras diversificadas: o que importa é alargar as cadeias de proteção e a malhas da plausibilidade. O brasileiro tem essa artimanha peculiar de “sintetizar, relacionar e conciliar, criando com isso zonas e valores ligados à alegria, ao futuro e à esperança”.[15] E para levar a vida com coragem, “muita religião”. E os recursos da fé são utilizados para driblar as ameaças do Demo. Particularmente no âmbito popular, vive-se a presença do divino e do milagre com muita força e intensidade: “Deus vem vindo: ninguém não vê. Ele faz é na lei do mansinho – assim é o milagre. E Deus ataca bonito, se divertindo, se economiza”.[16]

De forma muito distinta das regras tecidas pela sociologia oficial, no campo religioso brasileiro, não há campos opostos que dividem o sagrado e o profano: “A religião popular transgride a regra e incorpora os dois domínios em um só, dentro de um mesmo sistema, para fazer, aí então, momentos rituais de circulação da comunidade de devotos entre um e outro, às vezes dentro de um mesmo rito, às vezes ao longo de uma sequência deles”.[17]

Retomando o sincretismo

Em âmbito religioso, o sincretismo vem compreendido como uma fusão singular de passos religiosos heterogêneos, ou mesmo como uma contaminação de uma religião dominante estabelecida por elementos estranhos advindos de uma outra tradição. Essa visão pejorativa é a que tem muitas vezes prevalecido na interpretação do fenômeno. Trata-se de uma visão depreciativa do sincretismo, entendido como mistura, confusão ou degradação.

É uma perspectiva que se firma nesse momento particular de intensificação identitária ou mesmo de irradiação fundamentalista. Uma nítida rejeição de qualquer possibilidade de intercâmbio ou interação entre mundos religiosos distintos. É o que ocorreu, por exemplo, no campo católico durante o pontificado de João Paulo II, com a presença do cardeal Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé (CDF). Na carta da CDF aos bispos da igreja católica acerca de aspectos da meditação cristã, a reticência ao sincretismo vem nitidamente colocada, sobretudo no âmbito das experiências que vinculam a meditação cristã com outras formas de meditação conexas com as religiões orientais. O que para alguns poderia ser visto como um enriquecimento da herança tradicional, é percebido como um “pernicioso sincretismo”.[18]

Com o precioso aporte das ciências sociais, a questão do sincretismo vem hoje situada numa perspectiva bem distinta. Não há como pensar as civilizações, culturas ou religiões num quadro cerrado ou estanque, deslocadas das distintas correntes que animam a história humana. A história é tecida por redes, trocas e fertilizações mútuas. Na verdade, “as culturas são em geral mais naturalmente elas mesmas quando entram em parceria com outra”.[19] Isto também vale para as religiões. Nada mais ilusório que os monolitismos religiosos. Os blocos nunca são estanques. No âmbito existencial e vital o que se verifica são pontes e relações, contínuas “transferências de sentido”.

Com base no pensamento de Lévi-Strauss, o antropólogo Pierre Sanchis assinalou com pertinência que o fenômeno do sincretismo não é simplesmente a expressão de misturas ou paralelismos, e muito menos de degradações, mas um dado constante no desenrolar das culturas e religiões em seu processo de interação. Trata-se de um fenômeno universal, que acompanha os grupos humanos em seu processo relacional. Ou seja, “a tendência a utilizar relações apreendidas no mundo do outro para ressemantizar o seu próprio universo”.[20]  Nessa ocular, o sincretismo vem captado como um fenômeno de redefinição contínua da identidade. Não há religiões ou culturas puras, desconectadas do campo real. O contato ou confronto com outras identidades favorece o precioso intercâmbio e incorporação dos potenciais simbólicos diferenciados e enriquecedores.

A avaliação do sincretismo depende também do lugar social de onde a questão vem observada. Ele permite certas percepções, bem como interdita outras. Caso o observador se situe “no lugar beneficiado do catolicismo, entendido como uma grandeza feita, constituída e fechada, então tende a considerar o sincretismo como uma ameaça que importa evitar”. Se o lugar é outro, mais perto da realidade vivida, a ocular vem modificada, com a possibilidade de percepção da vitalidade de uma identidade nutrida e enriquecida por novas e inusitadas sínteses.[21] Assim como as outras tradições religiosas, o catolicismo vem igualmente permeado de sincretizações ao longo de toda a sua trajetória.

O caso brasileiro é exemplar para expressar a dinâmica vital do sincretismo religioso. O que para muitos é sinal de estranheza ou superstição, é vivenciado como um modo preciso de ampliar as cadeias de proteção.[22] A experiência religiosa, com o aporte da tradição popular, vem redimensionada, com a presença de um “sagrado que irrompe no mundo de muitas formas e por muitas mediações, assumindo expressões múltiplas e diversificadas para além das fronteiras das religiões institucionalizadas”.[23] O catolicismo em particular ganha um vestimento plural, bem distinto do que ocorre em outras partes do mundo. Esse campo plural vem celebrado nos romances, filmes, novelas e enredos carnavalescos. É um traço peculiar do campo religioso brasileiro. Mesmo reconhecendo aí o impacto recente de tendências anti-sincréticas, envolvendo segmentos do mundo pentecostal e do candomblé[24], o que se verifica dominantemente é o recurso à pluralização. É um traço tropical que perdura, de contínua flexibilização.

A mudança de perspectiva reflete-se também no âmbito da reflexão teológica, favorecida pelos desdobramentos singulares no campo do diálogo inter-religioso e dos debates em torno da inculturação. Há hoje uma nova sensibilidade para acolher a positividade de uma dupla pertença, a partir de experiências precisas e novidadeiras no âmbito do diálogo das religiões. Isto tem ocorrido singularmente em experiências espirituais, de oração e vida contemplativa, bem como de disciplina ascética, com combinações criativas e empenhativas.[25]

Há quem reconheça que um momento novo se apresenta nesse campo da acolhida plural, revelando uma nova faceta do cristianismo, ou mesmo de uma “figura inédita do ser cristão”.[26]  A experiência de deixar-se hospedar pelo outro provoca mudanças substantivas no mundo da identidade, revelando traços inovadores no modo de ser religioso. Ensaios concretos no âmbito da inculturação, sobretudo nos países do terceiro mundo, apontam para um horizonte revelador. O contato do evangelizador com outras culturas favorece não apenas a expressão distinta de uma mesma mensagem, mas a captação de traços originais que enriquecem e ampliam a identidade. O outro e sua cultura ajudam a “sublinhar e desenvolver aspectos inéditos da verdade”.[27] Como mostrou com acerto Jacques Dupuis,

Há algo que os cristãos poderão ganhar por meio do diálogo. Tirarão dele um duplo benefício. Pela experiência e o testemunho alheio, serão capazes de descobrir com mais profundidade certos aspectos, certas dimensões do mistério divino, que haviam percebido com menor clareza e que foram comunicados com menos clareza pela tradição cristã. Concomitantemente, ganharão uma purificação da própria fé”.[28]


(Publicado na revista Spiritus (edição francesa) n. 229, décembre 2017, p. 455-465)



[1] Para uma apresentação desses dados cf. Faustino Teixeira. O Censo de 2010 e as religiões no Brasil: esboço de apresentação. In: ____. & Renata Menezes (Orgs). Religiões em movimento. O Censo de 2010. Petrópolis: Vozes, 2013, p. 17-35.
[2] Pierre Sanchis. Religiões, religião... Alguns problemas do sincretismo no campo religioso brasileiro. In: ____. (Org.). Fiéis & cidadãos. Percursos do sincretismo no Brasil. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001, p. 18.
[3] Pierre Sanchis. Introdução. In: ____. (Org.). Catolicismo: modernidade e tradição. São Paulo: Loyola, 1992, p. 33.
[4] Pierre Sanchis. Prefácio. In: Faustino Teixeira & Renata Menezes (Orgs). Religiões em movimento, p. 13-14.
[5] João Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas. 14 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 15.
[6] Roberto DaMatta. A casa & a rua. Espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 151.
[7] Pierre Sanchis. Religiões, religião... p. 26.
[8] Ibidem, p. 27; Gilberto Velho. Projeto e metamorfose. Antropologia das sociedades complexas. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003, p. 53-54; José Jorge de Carvalho. Características do fenômeno religioso na sociedade contemporânea. In: Maria Clara L. Bingemer (Org). O impacto da modernidade sobre a religião. São Paulo: Loyola, 1992, p. 146.
[9] Davi Kopenawa e Bruce Albert. A queda do céu. Palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 121.
[10] Francisco Régis Lopes Ramos. O meio do mundo: território sagrado em Juazeiro do Norte. Fortaleza: UFC, 2012, p. 187.
[11] Ronaldo de Almeida. A guerra das possessões. In: Ari Pedro Oro; André Corten; Jean-Pierre Dozon (Orgs). Igreja universal do reino de Deus. Os novos conquistadores da fé. São Paulo: Paulinas, 2003, p. 340-341.
[12] Eliane Martins de Oliveira. O mergulho no Espírito de Deus: interfaces entre catolicismo carismático e a Nova Era. Religião & Sociedade, v. 24, n. 1, 2004, p. 85-112; Carlos Steil. Renovação Carismática Católica: porta de entrada ou de saída do catolicismo? Uma etnografia do Grupo São José, em Porto Alegre. Religião & Sociedade, v. 24, n. 1, p. 11-36.
[13] Sandra Jacqueline Stoll. Espiritismo à brasileira. São Paulo: Edusp/Orion, 2004.
[14] Roger Bastide. O candomblé da Bahia. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 39.
[15] Roberto DaMatta. O que faz o brasil Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 121.
[16] João Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas, p. 21.
[17] Carlos Rodrigues Brandão. Sacerdotes de viola. Petrópolis: Vozes, 1981, p. 152.
[18] CONGREGAÇÃO para a Doutrina da Fé (CDF). Alguns aspectos da meditaço﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽a meditaçum um enriquecimento da herança tradicionaler chama a atenção cristã. Petrópolis: Vozes, 1990 (Documentos Pontifícios, 233).
[19] Edward Said. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 330.
[20] Pierre Sanchis. Pra não dizer que não falei de sincretismo. In: Comunicações do ISER, n. 45, Ano 13, 1994, p. 7 (A dança dos sincretismos).
[21] Leonardo Boff. Igreja: carisma e poder. São Paulo: Ática, 1994, p. 158.
[22] Roberto DaMatta. O que faz o brasil Brasil, p. 115.
[23] Carlos Alberto Steil. Catolicismo e cultura. In: VALLA, Victor Vincent (Org). Religião e cultura popular. Rio de Janeiro: DP&A, 2001, p. 32.
[24] Pierre Sanchis. Religiões, religião..., p. 28-29.
[25] Jacques Dupuis. Il cristianesimo e le religioni. Brescia: Queriniana, 2001, 426; Claude Geffré. Profession théologien. Quelle pensée chrétienne pour le XXI siècle? Paris: Albin Michel, 1999, p. 242; Michael Amaladoss. La double appatenance religieuse. In: Vivre de plusieurs religions. Promesse ou illusion? Paris: Les Éditions Ouvrières, 2000, p.  51.
[26] Claude Geffré. Double appartenance et originalité du christianisme. In: Dennis Gira; Jacques Scheuer (Eds).  Vivre de plusieurs religions, p. 134.
[27] Michael Amaladoss. Théologie indienne. Etudes, n. 3783, mars 1993, p. 342.
[28] Jacques Dupuis. Rumo a uma teologia cristã do pluralismo religioso. São Paulo: Paulinas, 1999, p. 521

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